Salve, salve, pessoas leitoras deste blog! Graças a galera da Midiorama, consegui marcar presença na primeira edição da Maximus Festival e, já adiantando, foi uma das experiências mais incríveis que tive na minha pequena carreira de frequentador de eventos de Rock & Metal. Muito provável que a maioria estava ali para ver o Rammstein e vou confessar pra vocês, era uma banda que eu sempre quis ver, mas particularmente acredito que estava ainda mais empolgado para ver o Marilyn Manson! Infelizmente, acabei chegando um pouco atrasado e perdi dois shows dos palcos principais (e não, não vi nenhuma banda do terceiro palco, o Thunder Dome). Porém, digo que quase todos os shows que assisti me agradaram mesmo não sendo fã de algumas bandas. Então, bora lá contar como foi!
A PRODUÇÃO DO EVENTO
Sendo bem sincero, quando vi que o fest ia rolar no autódromo de Interlagos, fiquei bastante com o pé atrás. Nunca tinha ido ver alguma banda lá até então, mas conheço pessoas que já foram e todos reclamaram da localização e que definitivamente não era um bom lugar para se ver shows, especialmente quando chovia. Pra quem não sabe, Interlagos é um lugar que fica muito afastado do centro de São Paulo e esse é um dos principais motivos que COMPLICA PRA TODO MUNDO. Mas, quando vi as fotos da montagem dos palcos e claro, depois que cheguei, acho que entendi o motivo de terem feito a parada lá. O lance de colocarem dois palcos um do lado do outro, possibilitando o público assistir praticamente todas as bandas sem precisar se locomover muito foi uma excelente ideia e funcionou de um jeito incrivelmente eficiente! Depois que parei pra pensar na quantidade de atrações e em lugares que seria possível a utilização de dois palcos tão próximos, realmente acho que não haveria outro local (mas Interlagos continua sendo longe, viu, queridas produtoras?). No mais, não vi muitos problemas de organização e dava pra acessar os três palcos com facilidade, foi muito bem feito e estruturado.
Achei interessante a ideia de utilizarem pulseiras para quem quisesse consumir alguma coisa dentro do festival, isso facilitou a vida de muita gente e evitou inúmeras filas. Você colocava uma quantia de dinheiro e aí quando quisesse comprar algo, era só passar a fitinha na máquina que a compra era feita. Simples e prático! Talvez eles pudessem também dar a opção de pagar em dinheiro algumas coisas, pelo menos pra aqueles tiozões que passam no meio da galera na hora do show vendendo bebidas. Entretanto, acredito que o saldo foi bem mais positivo que negativo. Apesar de ter sido um baita evento, não há como negar que o preço cobrado pelo ingresso foi muito caro e pra quem pagou inteira mais ainda. Principalmente se você considerar que o preço nunca fica só no ticket. Dá pra incluir aí - dependendo de como você comprou - dinheiro do frete para entrega ou da condução/gasolina para fazer a compra. Fora o gasto com comida dentro e fora do evento, aquela maldita taxa de "conveniência" e a viagem de ida e volta (quem vai de carro, precisa pagar o estacionamento). Pelo menos, não teve pista premium e se tivesse ia ser uma facada ainda maior. Portanto, produtoras, nunca é "só" o ingresso, beleza?
OS SHOWS
Agora a parte que realmente interessa! Quando cheguei, estava no final da apresentação do Hollywood Undead no palco Maximus. Vi só alguns relances pelo telão de longe, mas pelo pouco que vi e ouvi me pareceu que havia muita energia na performance dos caras! Já a postos pra ver tudo direitinho, subiu no palco Rockastansky o Shinedown. Não escuto a banda, mas percebi que tinha uma boa galera querendo ver o grupo. Uma pena que devido a problemas técnicos, aparentemente era algo que ia além do alcance da banda e dos organizadores, fizeram uma apresentação bem curtinha e com certeza deixou quem queria vê-los bem chateado. É muito triste quando algo assim acontece, eu já fico puto porque a banda que gosto toca um setlist mais curto, uma situação dessas é ainda mais decepcionante. Percebi uma boa reação do público, certamente eles não devem demorar a voltar para o Brasa. E se você for fã, torça por um show solo, sempre!
Agora olhando para o lado oposto, foi a vez do Hellyeah se apresentar. Admito que realmente não gosto do som deles, provavelmente quem ouve deve ter curtido o show de alguma forma. Só que, pelo menos de onde eu estava, o áudio estava péssimo! O timbre da guitarra tava extremamente sujo e alto, praticamente não dava pra entender o que estavam tocando. Tive que colocar os dedos no ouvido de um jeito que cortasse um pouco as partes agudas para tentar ouvir o som da banda. Ajudou um pouco, mas continuou terrível. Pra não dizer que foi num todo ruim, a performance do Chad no vocal foi digna de aplausos, arrebentou.
Em seguida, uma dobradinha de Rock n' Roll começando pelo Black Stone Cherry. Não os conhecia e mesmo não sendo o tipo de som que costumo escutar, apreciei o show e reparei que teve uma boa resposta da galera. Encaixou certinho com o sol se pondo na tarde fria de São Paulo. Foi bonito, foi bonito! Inclusive, o baterista deles toca demais e me chamou a atenção. O maluco ainda fez uma ponte em um solo de bateria na apresentação do Halestorm, que subiu logo depois no palco Maximus. Lyzz Hale e sua trupe entregou tudo o que se esperava para os seus fãs. Consegui ouvir a turma que mais agitava na frente e de onde eu tava achei que houve uma recepção mais fria. Gostei do que vi, porém achei que a voz da Lyzz não estava tão boa quanto poderia. Quem manjar mais da banda e puder falar se essa minha impressão é correta, favor deixar nos comentários!
Uns minutinhos de espera e era a hora de ver o Bullet For My Valentine. E esse pra mim, foi o show mais chato. Ouvi muito o primeiro álbum dos britânicos quando era mais novo e, por ser um festival, apostei que iriam tocar as músicas mais antigas. Errei feio e pouca coisa do que lembrava, foi tocada. Ainda sim, achei que o microfone do vocalista estava muito baixo e a performance não me empolgou. Acredito que quem estava lá pra ver o BFMV aproveitou bem, mas ao meu ver, foi a atração mais deslocada do lineup, poderiam ter encaixado outra banda no lugar. Já com o Disturbed a coisa foi bem diferente. Os americanos não perderam tempo e praticamente chegaram chutando as portas! Houve muita empolgação e energia, o necessário para um dos grandes momentos do dia: o cover de "Killing in the Name"! O bagulho foi tão louco que eu mal conseguia ouvir a voz do David Draiman de tão alto que a galera cantava! Ainda rolou "Sounds of Silence" com a lua sendo mostrada no telão do palco, mágico!
MARILYN MANSON
E de dez em dez anos ele pisará em terras tupiniquins (eu sei que o último show foi a nove anos atrás, mas tô arredondando, valeu)! Marilyn Manson dava a sua cara no palco Rockastansky e com seu jeitão típico de ser: maluco, porém honesto. O que mais gostei foi a interação com o seu público, me lembrando um maestro muitas vezes, tamanha sua presença. É fantástico ver detalhes como Manson usando todos os microfones que usou na sua carreira durante a apresentação e a cruz de lorena em um de seus coletes. Notei também que ele tacava tudo que pegava na mão, garrafas, microfones, pedestal, baquetas, TUDO! Ele ainda se cortou com a faca do seu mic, implicou com um cinegrafista e queimou uma bíblia. Particularmente, destaco dois momentos épicos: as muletas gigantes em "Sweet Dreams" me surpreenderam e a execução de "The Beautiful People", finalizando a sua apresentação. Digno do artista que, ao meu ver, foi o maior nome dos anos 90. Considero um sonho realizado!
RAMMSTEIN
Nem cinco minutos depois de ver MM, foi só virar o corpo pro lado para ver o ESPETÁCULO dessa tão amada banda alemã. Mesmo pra quem não é fã, é impossível não admirar a estrutura do show do Rammstein. E isso é desde a contagem regressiva que colocaram até a última nota da hilária "Te Quiero Puta!". Lembro de ter sentido até o bafo do fogo que eles usam no palco, mesmo estando um pouco distante da grade frontal. Imagina pra eles que estão tocando as músicas?! Sem contar da pirotecnia que fazem, soltaram mais fogos do que no ano novo aqui aonde moro. Pena não terem tocado "Mein Teil", uma das que eu queria mais ver. Mas, aí eu já tô reclamando de barriga cheia, né? Maximus Festival foi incrível e possivelmente irei na sua próxima edição no ano que vem, nos vemos em maio de novo!