O guitarrista do Messhugah, Mårten Hagström, concedeu uma entrevista ao Rauta durante o festival Tuska, em Helsinki na Finlândia. Mårten falou sobre o fato do Meshuggah ser considerado como o pioneiro do gênero Djent, estilo que é muito caracterizado pelas técnicas de staccato, os riffs palm-muted feitos em amplificadores high-gain, tapping e baterias triggadas bem agressivas. O guitarrista comentou:
“Primeiro de tudo, pedimos desculpas por termos criado esse gênero; não era a nossa intenção - foi mal. Não, mas na verdade… eu acho que é um equívoco essa coisa de djent. Acho até meio engraçado. Nosso outro guitarrista, Fredrik, estava bêbado e conversando com um fã das antigas tempos atrás, tentando explicar que tipo de som nós estamos sempre tentando tirar e ele estava desesperadamente dizendo: ‘Queremos aquele ‘dj_’, dj_’, dj_’, dj_’.” E o cara ficou tipo: ‘O que ele tá falando? É uma palavra sueca? Deve ser. Parece dj_, talvez “djent”? Algo assim.’ É dai que veio isso tudo. Foi culpa da cachaça, como sempre é com o Meshuggah.”
Questionado sobre como ele define a sua própria banda, Mårten respondeu: “Música pesada, experimental… não ligo se é progressivo ou não - é pesado. Mas o lance é, ficar tentando definir coisas… ainda que pegue naquela coisa de Math Metal, subgênero do Djent, coisas do tipo, são pra outras pessoas decidirem. Tocamos música agressiva, experimental e é basicamente isso.”
Hagström também falou sobre o sucesso comercial e de crítica do Meshuggah, já que o som da banda é considerado bem peculiar. “Não é música mainstream - não é pra todo mundo. Não é algo que você sai cantarolando. Não gruda na sua cabeça logo de primeira, leva tempo. Quero dizer, não é música para ouvintes casuais irem pra academia, bebendo suquinho às cinco da manhã indo ver o saldo no banco. Não somos este tipo de banda. Não somos Avicii, nem a Madonna - não tem nada equivalente a gente no metal. Posso dizer que estou impressionado com o sucesso que alcançamos. Tipo, nosso disco chegou a… não sei… 12ª posição na parada da Bilboard americana. E pra esse tipo de música, posso afirmar que é muito mais do que imaginávamos.”
Você pode conferir a entrevista completa no vídeo abaixo:
Via Blabbermouth